quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O brincar na contemporaneidade

O brincar tendo como eixo as contribuições de Walter Benjamin em seus estudos sobre a infância e o brinquedo apresenta que as brincadeiras contemporâneas estão marcadas pela autonomização e o individualismo que acaba se refletindo em vias educacionais. Considerando que o brincar é um processo que produz subjetividades, observa-se que hoje as crianças encontram-se confrontadas com a crescente subtração deste espaço de criação. Efeitos desta posição podem ser evidenciados na psicoterapia, por exemplo, na qual as crianças manifestam dificuldades em relação a colocar em jogo a criação, revelando traços dos efeitos de transmissão que o social rege.
Precisamos ficar atentos, pois os games, jogos virtuais, não tem a mesma dimensão simbólica e os mesmos ganhos para o desenvolvimento infantil do que uma brincadeira com amigos, carrinhos ou bonecas. Porém podem até ser uma forma da criança falar deste universo que as cerca, de apropriar-se dele ao navegar nas vias eletrônicas, mas a automatização que rege os jogos virtuais apresenta efeitos do tecido social que se construiria em presença.

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