sexta-feira, 28 de março de 2014

O mal estar da aceleração na sociedade atual

Atualmente, estou desenvolvendo a dissertação de mestrado em Letras e Ciências, aglutinando neste estudo o campo da psicologia, da literatura e as novas construções que envolvem a criança a viver o mal estar da aceleração. Com a globalização e o rápido avanço da tecnologia, apresentamos hoje, como uma sociedade que cria constantemente novas necessidades, que ainda não haviam sido experimentadas, e que antes não figuravam dentro do que acharíamos indispensável. Este embriaguez de velocidade, cria abusos e distorções e desde a infância, dando origem  a uma dependência da qual não conseguimos nos desassociar. Estamos sempre exigindo e buscando essa sensações (experiências) mais contínuas em maior intensidade e frequência, mas ainda assim permanecendo insatisfeitos. 
Nossa civilização atual privilegia a capacidade de agir em busca de novas necessidades, que por sua vez estão em movimento incessante, gerando um estado de insatisfação permanente. 
Vivemos assim uma era de amigos virtuais, seres egoístas e individualistas, onde não há compromissos profundos, para que desta forma não nos seja difícil “abandonar” o que nos “atrapalha” e buscar o novo. Um processo contínuo, incessante e frenético de obter algo, para logo partir em busca de algo novo, em uma tentativa vã de preencher um espaço que a cada dia parece mais vazio. 

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